Evento de Tugunska

writer: Daniel Matos

A terra é um lugar adorável e pouco ofensivo. Podemos ficar relaxados com o clima amênuo, mas os dados astronômicos nos mostram que mundos, anteriormente pacíficos, tem sido destruídos. Existem varios registros de catástrofe no universo afora. Tudo é uma escala de tempo.

Na terra, na manhã de 30 de junho de 1908, na Sibéria Central, uma grande bola de fogo cruzou o céu. Quando tocou na linha do horizonte, houve uma enorme explosão. Arrastou 2 mil quilômetros quadrados de florestea e queimou milhares de árvores no fogo que irrompeu no lugar perto do imacto. Produziu uma onda de choque na atmosfera que circundou a terra duas vezes.

O governo dos tsares da Rússia não se deu ao trabalho de investigar tão trivial evento, que havia ocorrido entre os povos selvagens da Sibéria Central. Somente dez anos depois da revolução comunista uma expedição chegou para examinar os solos e as testemunhas. A seguir, irei mostrar alguns testemunhos:

"De manhã cedo, enquanto os homens estavam dormindo na tenda, ela voou pelos ares[a tenda], junto junto com seus ocupantes. Quando caíram no solo, toda a família tinha ferimentos leves, mas Akulina e Ivan estavam inconscientes. Quando recuperaram a consciência, ouviram um barulho forte e viram a floresta em chama ao redor deles, em grande parte devastada."

"Eu estava sentada na entrada de casa, no posto comercial em Vanovara, na hora do desjejum, e olhando na direção do norte. Acabara de pegaro machado para enganchar num barril, quando de repente [...] o céu se dividiu em dois, e bem em cima da floresta parte do céu parecia estar coberta de fogo. Nesse momento senti um grande calor, como se minha camisa estivesse pegando fogo [...]. Quis pegar minha camisa e jogá-la longe, mas nessa hora houve um estrondo muito grande no céu e ouviu-se um impacto muito forte. Fui jogado no chão, a mais de seis metros da entrada, e por um instante perdi a cinsciência. Minha mulher correu para fora e me carregou para a cabana. O impacto foi seguido de um barulho como o de pedras caindo do céu ou de armas atirando. A terra tremiae, deitado no chão, cobri a cabeça, porque tive medo de que fosse atingida por pedras. No momento em que o céu se abriu, um vento quente, como se fosse de um canhão, soprou do norte, passando pelas cabanas. Isso deixou marcas no solo."

"Quando eu me sentei para o desjejum, junto a meu arado, ouvi de repente uns disparos, como se fossem de armas dde fogo. Meu cavalo caiu de joelhos. Do lado norte, acima da floresta, subiu uma chama [...]. Depois vi que a floresta de abetos tinha sido vergada para a frente pelo vento e pensei que era um furacão. Agarrei meu arado com as duas mãos, para que não fosse carregado. O vento era tão forte que levou parte da superfície do solo, e depois o furacão ergueu uma muralha de água no rio Angara. Vi tudo isso com clareza, pois minha terra ficava em uma colina. "

"O rugido assustou os cavalos em tal medidaque alguns galoparam em pânico, arrastando os arados em direções diferentes, e outros desabaram no chão. "

"Os carpinteiros, depois do primeiro e do segundo impacto, se entreolharam estupefatos, e quando o terceiro impacto ressoou eles caíram, atrás do prédio, sobre as lascas de madeira. Alguns estavam tçao aterrorizados que tive de acalmá-los e reconfortá-los. Todos nós abandonamos o trabalho e fomos para o vilarejo. Lá, multidões inteiras de habitantes locais se reuniam mas ruas, cheios de terror, falando sobre esse fenômeno."

"Eu estava nos campos [...] e tinha acabado de arrear um cavalo e começado com outro quando ouvi de repente o que soou como um potente tiro à direita. De imediato me virei e vi um objeto flamejante e alongado voando pelo céu. A parte da frente era muito mais larga que a extremidade da cauda, e sua cor era como a do fogo à luz do dia. Era muitas vezes maior do que o Sol, porém bem menos ofuscante, assim foi possível olhar para ele a olho nu. Atrás das chamas havia um rastro que parecia poeira. Era coroado por pequenas nuvens de fumaça e as chamas deixavam atrás delas umas faixas azuis [...]. Logo que a chama desapareceu, ouviram-se estrondos mais ruidosos do que tiros, podia-se sentir o chão tremendo e as vidraças da cabana se estiilhaçaram."

Nesse evento houve uma grande onda de choque, um grande incêndio florestal, e ainda assim não existia uma cratera no local do impacto. Ele era um cometa. Farei mais para frente uma rtigo sobre o que são cometas. O cometa dessa evento provavelmente tinha cerca de a largura de um campo de futebol. Se esse impacto ocoresse hoje o maior perigo seria a suspeita de ataque nuclear, que levaria a uma guerra que acabaria com a raça humana. A explicação por não ter uma cratera no local é que um cometa é feito principalmente de gelo, e o gelo se derreteu com o tempo, não deixando nenhum registro de um fragmento.

Fonte: Cosmos, Carl Saga (livro)

Voltar para a página inicial