China Imperial

writer: Daniel Matos

O conjunto de reinos chineses só se unificaram em 221 a.c. pelo Estado de Qin(que se pronuncia como chin, o nome China é baseado nesse estado), eles fizeram isso graças a filosofia mal do legismo e uma organização militar eficiente, sobre o comando de líderes fortes e armas de ferro, coisas bem novas para a época. A fase de preparação exigia bastante tempo.

Dinastia Qin

O poder dos Qin começou entre os anos de 361 e 388 a.c., quando ele morreu. Ele estabeleceu reformas que estabeleceram uma nova aristocracia onde na alta sociedade temos homens eram premiados por feitos bélicos, e nas camadas mais pobres temos um sistema de recompensa e punições severas, esse sistema de comprimento da lei com punições caso ela fosse descomprida e o fim das famílias hereditárias que controlavam o governo na alta sociedade aumentou a influência e o poder do estado sobre as pessoas.

Quando Qin Shi Huangdi subiu ao trono em 246 como imperador de toda a China, Li si se tornou o administrador-chefe aplicou o modelo de Qin de controle por toda a China. Querendo acabar com a leadade dos estados antigos por parte dos cidadãos em 213 a.c. um decreto ordenou a queima dos livros que não tinham relaçao a assuntos práticos, como agricultura e medicina, isso numa sociedade famosa pela ciência que já havia tido um florescimento filosófico, político e militar, com várias inovações em cárias áreas. Todos os sábios que desobedesessem seria, como foram, mortos. Com o poderoso exército a comando de Qin Shi Huangdi, as fronteiras do Norte haviam sido asseguradas e ele conquistou toda a China. Ele conquistou naquela época quase todo o território da China atual, algo fenomenal.

Como todo governante ambicioso ele centralizou o máximo que pode o governo, isso é claro não funcionou e cada vez mais o centro do império ficava menor e mais fraco, chegando a ponto de ficar somente sobre seu domínio. Ele foi morto em 210 a.c. quando buscava com mágicos daoístas a fonte do elixir da imortalidade. Li Si e o eunuco-chede, Zhao Gao, mantiveram sua morte em segredo até retornarem à capital, buscando colocar no trono um imperador mais jovem e mais flexpivel a sua vontade. Obviamente houve um desentendimento entre eles e Li Si foi eliminado, e quando um terceiro imperador assumiu mandou assasinar Zhao Gao. Os Qin não conseguiram manter seus líderes vivos e em 206 numa revolução popular o governo desmoronou. O império que duraria mil gerações acabou durando 15 anos.

O primeiro imperador foi tirano, milhares morreram construindo a grande muralha, mas a ideia de um sistema centralizado foi a base para a formação de um estado centralizado que se manteria por uns 2 mil anos, depois disso um governo comunista mais centralizado ainda assumiu o controle até que enfim teve uma abretura de comércio. O respeito à lei do legismo foi mantido até hoje na cultura chinesa, e por incrível que pareça a lei criada por eles não matinha os costumes, mas acabava com eles. A vontade de todos os governados, ricos ou pobres, contava pouco, o que realmente importava era o estado, a lei servia para dividir hierarquicamente os indivíduos, de certa forma servia para dividir dignidade e indignidade, justiça e iniquidade, punir os mals. Essa busca pela paz através da lei não foi interrompida com a morte dos Qin.

Disnatia Han

Ao mesmo tempo que tivemos uma revolta por parte da população, a antiga aristocracia que detinha o poder e que tinha sido eliminada pelos Qin voltou a manifestar-se. Liu Bang sobre liderança de Xiang Yu havia derrotado o último imperador Qin no vale do Wei em 206, logo depois se revoltará contra seu mestre e se tornou imperador, essa dinastia ficou por 4 séculos.

Gao Zu era de origem popular e se manteve seu estilo camponês até o fim, mesmo sendo o imperador. Ele era bem prático e carregava como lema de governo "O príncipe é o barco, o povo é a água", uma frase do filósofo Xunzi, seguindo essa linha de raciocínio a água pode tombar o barco ou levá-lo. Ele não tinha a intenção de tombar então foi cuidadoso e esperto, escolhendo seus auxíliares com cuidado e com boas recompensas. Aboliu leis severas dos Qin e impediu o exército de saquear. Firme e justo, às vezes generoso que conhecia as necessidades do homens comum. Se orgulhava de sua sinceridade.

Mas quando abandonou o absolutismo e o legismo ele pretendia que o governo ainda assim fosse centralizado e não voltasse a ser de estados separados como antes. Fez isso com diplomacia e força. Fez concessões áqueles que o ajudaram na batalha contra os Qin, mas sempre centralizando o poder e diminuindo o número de pessoas com ele.

Mesmo sem paciência para as sutilezas e os comportamentos oficiais ele entendia a importância de ordem e dignidade, por isso estabeleceu uma regra de costumes baseado no Confucionismo e também compoz uma lista de ancestrais dele. Os ideias confucianas foram acatadas pelo novo governo quanto aos requisitos de justiça e respeito do povo por parte do sobrerano, seu irmão havia sido um erudito confuciano.

Gao Zu havia sido chefe de bandidos e depois um grande general, depois um imperador. Uma vez durante uma audiência Gao Zu disse: "Eu obtive o império em cima de um cavalo, por que me importaria com as Odes ou com a História?". O emissário retrucou: "Vós o obtivestes num cavalo, mas podereis governá-lo num cavalo?". Com determinação e flexibilidade os seus sucessores consolidaram o império. A velha aristrocracia havia sido morta, assim como as execuções violentas do governo Qin, teve um grande período de prosperidade e paz, e os chineses foram chamados de "Filhos de Han". ]

Obvimanete não foi fácil chegar nesse resultado, o equilíbrio entre a ordem e centralismo é algo complicado. Mas o poder provincial praticamente acabou, a mais séria ameaça era a viuva do Gao Zu, mas depois de sua morte a família dela foi banida, sendo mais tarde importante.

O interessante é que o sistema chinês desde aquela época era por critérios mais técnicos e não por nomeação dos aristocrátas, existia provas, redações, até mesmo uma universidade e o imperador escolhia os oficiais depois de uma longa seleção. O exército se tornou uma organização respeitada, bem eficiente para defender as fronteiras do contrabando e de inimigos externos, especialmente nas muralhas. Nessa época a muralha da China não era totalmente estruturada mas ela existia. Para produzir alimento suficiente para os soldados o governo sustentava algumas fazendas nas províncias, parecido com os romanos. E os soldados chineses também eram formados por mercenários. Uma hora teve o problema fical, muitas contas para o governo, que foi "resolvido" reestabelecendo os monopólios estatais do ferro, do sal e da cunhagem de cobre e introduziu o monopólio da bebida alcóolica. Comrpava grãos quando estava barato e revendia nas épocas de escassez, aumentou impostos sobre carroças e navios, cargos do governo aos ricos exigiu "doações", tentou tirar dinheiro dos ricos e fez medidas monetárias que desvalorizaram a moeda, obviamente gerando inflação e pobreza. Obviamente não funcionou e passou a ter o problema de terra com o aumento da população. Eles limitaram as terras dos proprietários e basicamente tomou conta delas. E quem no final ficou com mais terras? Os senadores e a aristocracia governamental, não a aristocracia como antes mas a criada pela centralização do governo.

Confucionismo

Confúcio nasceu na província de Lu, e não era rico. Sua inteligência e conduta despertaram atenção do governo, que logo o deu um cargo. Ele de decepicionou com o governo e percorreu a China pregando suas ideias, compilados no livro diálogos de Confúcio. Ele demonstrava consciência de estar num mundo desordenado pelas guerras entre reinos, ele favorecia o altruísmo, a cortesia, a fidelidade e a busca de sabedoria. Ele achava que a conduta honrada do governante estabeleceria esse sentimento em todos os governados, necessário para prosperidade e paz.

Taoísmo

Lao Tsé poderia ter vivido entre os séculos VI e V a.c., não sabemos se é apenas uma lenda, seu nome significa "velho filósofo". Ele teria trabalhado na biblioteca imperial, onde poderia ter recebido a visita de confúcio. O livro principal é o Tao Tê Ching, onde o elemento gerador de tudo é o Tao, algo como "caminho divino, natural e perfeito", uma "essência primordial no universo". Tem uma visão íntima do ser humano e recolhe os elementos da sabedoria popular e da crença nos espíritos da natureza, proproe o fim da vida pública e busca meditação para achar harmonia com o universo.

Legismo

A guerra é um meio de fortalecer o poder do estado e impor disciplina ao povo, para eles os homens eram mals por natureza, e o único jeito de paz era por meio de punições e recompensas. Segundo eles o governante deve cuidar da maioria, e deixar a minoria de lado, não deve cuidar da virtude mas da lei. Shang Yang foi o criador e essa ideia foi usada pelos Qin.

Tópicos para acrescentar algo:

Na dinastis Shang tivemos a origem das cidades-estados que formariam a China, teve o surgimento do mandarim, sim ele tem uns 5.000 anos que é a época dessa dinastia, a sociedade era dividida entre realeza, sacerdotes e camponeses e teve um rei até que o governo se tornou várias províncias.

Na dinastia Zhou, a época onde os reinos eram separados, a ideia de imperador era um filho do céu, não era filho de deus mas sim do céu, isso porque era reto e mostrava o caminho certo. Tivemos várias inovações técnicas nessa época, o livro arte da guerra foi escrito nessa época, tivemos também a fundição do ferro, e o uso das armas e ferramentas. Como não tinha só um rei os nobres e líderes provinciais tomaram esse título.

Depois teve os Qin que estabeleceram muralhas, canais, estradas, defenderam as cidades, centralizaram muito tendo líderes nomeados pelo imperador, teve unificação de medidas, morda imperial, coleta de dados demográficos, teve controle do eixo das carroças, pesos e medidas unificadas, lei escrita, impostos, os donos de terra pagavam impostos e serviam no exércitos, podiam comprar/vender a terra. O Qin Shi Huangdi que foi o primeiro imperador comandou o que foi chamado o império do meio, os Qin.

Os Han depois tiveram mais inovações impressionantes, boa parte disso se deve ao fato de terem vetado a lei que queimava livros e impedia o conhecimento dos Han, como a bússula, irrigação, moinho de água, papel, livros de matemática, cálculo, trigonometria, geometria, fundição de ferro e aço, seda, etc. A rota da seda é dessa época, a China era tão habilidosa que os europeus atravessavam o mundo para comprar seda e revender. O governo passou a ter ordem e virtude, o exército foi disciplinado e pago, já tinha uma população gigantesca, somente 1% da população era escravos, eles regulavam os grãos, os chineses eram chamados filhos de Han, os funcionários eram chamados de mandarins, tinham lealdade ao império, eram escolhidos por seleção, iam para universidade, eram filhos de proprietários de terra.

Tivemos vários outras dinastias mas nenhuma delas fo tão forte quanto eles, depois em 1911 foi instituído a república, o fim do império, e a guerra entre comunistas e nacionalistas acabou dando vitória para os comuna, que com sua revolta mataram milhões.

Um período importante da história chinesa foi na dinastia Qing entre 1644 até o fim do império, onde as guerras do ópio, as invasões estrangeiras e o domnínio do Japão marcaram um período bem trágico da história desse grande povo, que hoje retornou.

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