A bastante tempo atrás, foi feito um experimento com um prisma feito de vidro, chamado grade de difração, e uma luz branca comum. Quando essa luz passa por uma fenda estreita e depois por esse prisma, gerou um arco-íris com as cores do espectro. O espectro vai das mais altas frequências da luz visível até a mais baixa. As luzes que conseguímos ver são chamadas de espectro de luz visível. Mas existem mais luz do que apenas as que conseguimos ver. Nas altas frequências existem a parte chamada ultravioleta, um tipo de luz que mata micróbios, que é invisível apra nós mas é fácilmente identificável por células fotoelétricas. Além do ultravioleta existe o raio-x, e além dos raios-x existem os raios gama. Nas baixas frequências existe a parte infrevermelha. Foi descoberta colocando um temômetro sensível na parte abaixo da luz vermelha, refletida do prisma, que não conseguimos ver nada além de um preto, e a temperatura subiu. Havia luz incidindo no termômetro, mas nós não conseguimos ver. Além do infravermelho está a vasta região das ondas de rádio.
Em 1844, o filósofo Auguste Comte estava em busca de um exemplo de um tipo de conhecimento que esteve sempre oculto. Ele escolheu a composição de planetas e estrelas distantes. Nunca chegaríamos lá, pensou ele, e, sem uma amostra, estaríamos sempre desprovidos de um indicador de sua composição. Pense nisso por um minuto, não enviamos sondas para todos os planetas e nem para mais do que 2 cometas. Como sabemos a composição de todos? A resposta vem a seguir. Apenas três anos após sua morte, descobriu-se que um espectro pode ser usado para determinar a química de objetos distantes. Moléculas de elementos químicos diferentes absorvem frequências diferentes de cores de luzes, algumas no espectro visível. Cada linha dessas é produzida por um tipo específico de átomos e moléculas. No espectro de uma atmosfera planetária, uma linha escura representa a imagem da fresta na qual a falta de luz, a absorção da luz solar durante sua breve passagem pelo ar de outro mundo. Cada linha é produzida por um tipo diferente de substância. Cada substância tem sua assinatura específica. Os gases de Vênus podem ser identificados da terra, 60 milhões de quilômetros de distância. Assim como o Sol, na qual o Hélio, homenagem ao Deus grego do Sol, foi o primeiro elemento a ser identificado. Das estrelas magnéticas A, ricas em európio, de galáxias distantes, analisada por meio da luz coletiva de centenas de bilhões de estrelas que a constituem. A espectroscopia astronômica é uma técnica quase mágica, e muito doida.
O instrumento utilizado para o estudos do espectro de um astro é chamado de espectroscópio. Um radiotelescópio é mais uma espécie de medidor de luz, que funciona por meio de ondas de rádio. Você o aponta para uma região razoavelmente ampla do céu e ele grava quanta energia, em dada radiofrequência, está sendo enviada para a Terra. Não é apenas os televisores e rádios que enviam ondas de rádio, os corpos que tem calor também enviam. Ao se comprimentar uma pessoa, eu estou vendo numa luz visíevl refletida gerada pelo Sol, ou por uma lâmpada. Os raios de luz se refletem em meu amigo e chegam até a meus olhos. Hoje, combinamos laser e uma fotocélula, ou um transmissor de radar e um radiotelescópio, e desse modo fazemos um contato ativo, usando luz, com objetos distântes. Na astronomia de radar, ondas de rádio são transmitidos por um telescópio na Terra, atingem, digamos, a superfície de Vênus que está de voltada para a Terra e são refletidas de volta. As nuvens e a atmosfera desse planeta são transparentes para ondes de rádio e muito comprimentos de onde, alguns lugares na superfície as absorverão, ou, se forem muito irregulares, as espalharam para os lados, e com isso aparecerão escuros nas ondas de rádio.
Outro artigo complementar: Busca de vida extraterrestre
Fonte: Cosmos, Carl Sagan (livro)
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